por Equipe do Blog
Ontem, dia 3 de novembro, foi discutido no plenário do Senado o documento “Uma Ponte para o Futuro“, elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB, e apresentado publicamente pelo vice-presidente da República e presidente do partido, Michel Temer. O senador Lindbergh Farias (PT/RS) estranhou a divulgação do documento — “trata-se de um programa de transição para o Brasil, mas estamos distantes da eleição de 2018″ — e comentou suas propostas.”Para os trabalhadores, é o maior conjunto de retirada de direitos que já se viu. Um program desses nunca seria aprovado em uma eleição“.
Na avaliação do senador Roberto Requião (PMDB/PR) “o documento ataca frontalmente a capacidade do Estado de intervir na atividade econômica e seus inerentes ciclos, e no compromisso constitucional de combate a ainda enorme desigualdade social quando propõe (1) limites para a dívida pública, medida draconiana e paralisante de efetividade jamais comprovada, (2) a possibilidade de pagar menos de um salário mínimo aos aposentados, expondo nossa população idosa ao empobrecimento e (3) a criação de um comitê independente de avaliação dos programas governamentais como Bolsa Família e Ciências sem Fronteiras, pondo-os em cheque, uma vez que se verão constantemente acossados pelas críticas do mercado, que vê como essencial somente o pagamento dos juros e amortização da dívida pública.”
Além disso, o documento ressuscita proposta já rejeitada no senado, a criação de uma Autoridade Orçamentária, que impõe a ortodoxia econômica independente da decisão das urnas e das propostas dos políticos vencedores das eleições, propõe a desvinculação dos investimentos em saúde e educação. Veja aqui o texto do senador Requião e aqui o vídeo do senador Lindbergh sobre a proposta.
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