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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Eduardo Cunha avisa Zavascki que não quer depor à Força-Tarefa da Lava Jato

 

Jornal GGN - O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), um dos políticos que tiveram o pedido de instauração de inquérito no âmbito da Lava Jato autorizado pelo Supremo Tribunal Federal, enviou uma petição à Corte argumentando que "não precisa" depor à Força-Tarefa da Operação na Petrobras porque "já prestou explicações detalhadas publicamente e em recursos enviados ao tribunal."

Segundo o Painel da Folha de S. Paulo deste sabado (11), a defesa de Cunha diz "não haver, neste momento, qualquer diligência a ser realizada."

O relator da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, registrou em despacho o desinteresse do peemedebista "em prestar esclarecimentos à autoridade policial, sem prejuízo de oportunidade futura."

Em março, a Folha também publicou que o presidente da Câmara contratou o ex-procurador-Geral da República Antonio Fernando Souza para defendê-lo na Lava Jato. Naquele mês, um pedido para que o inquérito no STF seja arquivado foi emitido pela defesa do peemedebista.

Cunha foi citado na delação do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato. Youssef disse que ouviu de Júlio Camargo, outro investigado que assinou acordo de delação, que Cunha faria um pedido a uma comissão do Congresso para questionar a relação das empresas Toyo, Mitsue e Samsung com a Petrobras.

Segundo o doleiro, a intenção era pressionar Camargo, que deixou de repassar propina ao empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, operador do PMDB no esquema, acusado de arrecadar propina por meio de um contrato para compra de navios-sonda.

Em outro depoimento, o policial federal Jayme Alves de Oliveira, preso no ano passado, disse que entregou dinheiro, a mando de Youssef, em uma casa no Rio de Janeiro. Segundo ele, Yousseff disse que a casa pertencia a Cunha. O jornal O Globo desmentiu a posse.

A defesa do parlamenetar diz que os depoimentos não podem ser considerados indícios para abertura da investigação, por se basearem em relatos, sem que os depoentes tenham conhecimento direto.

Na petição, Cunha também alega que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deveria ter solicitado esclarecimentos a ele antes de apresentar pedido de investigação ao STF.

Com informações da Folha e da Agência Brasil

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